quinta-feira, 16 de abril de 2009

Os amigos que não fiz

Quando criamos uma rotina, passando sempre pelos mesmos lugares, tomando as mesmas conduções, invitavelmente começamos a reparar nas pessoas que nos acompanham nessa saga do assalariado moderno.

Claro que, se você não tiver uma boa memória fotográfica, fica difícil reconhecer aqueles que compartilham aqueles minutos diariamente com você. Mas esse não é meu caso.

Eu tenho boa memória fotográfica, e por isso reconheço todos os passageiros que tem horários próximos aos meus. Chego até a sentir falta deles.

Por exemplo a Fran (claro que esse não é o nome dela, mas é assim que eu a conheço), se a fila do ônibus está muito grande, ela sempre espera pelo próximo, mesmo que ele ainda não esteja na plataforma. A Nippon, sempre é a primeira da fila, acho que se tem uma pessoa esperando, ela já forma a segunda fila só para ser a primeira.

Não são só os "populares" que pegam transporte coletivo, tem o Backstreet Boy, que sempre está junto com um de seus 2 agentes, o DJ ou o produtor. E o desenhista, que mesmo nunca carregando seus papéis e lápis, tenho certeza que a profissão dele é desenhista ou ilustrador.

Acho que nenhuma vez peguei ônibus com a "galera" toda, sempre falta um ou outro. Fico curioso para saber como eles me chamam, se é que chamam de alguma coisa.

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