terça-feira, 28 de outubro de 2008

Semi-conhecidos

Sabe aquela pessoa que você cruza todo santo dia, mas nunca falou nada além de um “oi, tudo bem?”

Aquele amigo do seu amigo que um dia, lá no passado, você foi apresentado, mas já nem se lembra mais o nome?

Pois são esses “semi-conhecidos” que fazem um simples percurso virar um verdadeiro inferno.

O papo é sempre igual: “e ai, que você anda fazendo?” Ou então: “e ai, muito trabalho?” Claro que a situação exige que a resposta seja o mais longa possível, não porque você realmente esteja interessado na resposta, mas porque assim chega-se mais rápido no destino comum. E ao término, é super importante replicar: “e você?”

Com sorte, em duas perguntas chave chega a hora do tchau. O problema é durante uma maré de azar.

O silêncio constrangedor dessas situações é mortal. O que dizer a seguir se você não sabe nada sobre a pessoa?

Mas o pior ainda é: a pessoa se lembra do seu nome! Não há nenhuma forma de perguntar o dela, já que provavelente alguém os apresentou. O jeito é contornar e perguntar o quanto antes para um amigo comum, para não esquecer nunca mais, nem que seja preciso anotar no celular.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Pane no Sistema

Já conversei sobre isso com alguns amigos meus e alguns já vieveram algo do tipo.

A conversa vai fluindo, tudo normal, risinho aqui, desabafo ali, tudo parece bem.

Hora da despedida. Esse tipo de pane acontece sempre na hora do tchau. A despedida vem com um beijo, abraço e um aperto de mão. “Tchau”.

“De nada”

Como assim? A resposta que sai pro tchau não tem absolutamente nada a ver com o que se esperava de resposta....

Outra situação, que aconteceu recentemente foi ao telefone. Era minha ver de agradecer, mas por alguma razão, eu simplesmente disso até mais.

“De nada”

Quem estava do outro lado já estava um passo a frente de mim. Pena que eu não segui o mesmo roteiro, pulei a fala. Ele não percebeu e errou.

sábado, 18 de outubro de 2008

Meio Ambiente

Todo ser humano tem exatamente a mesma quantidade de dentes (claro que não valem os que caíram em acidentes de percurso), a mesma quantidade de água compondo o corpo, aproximadamente o mesmo número de células e vivem exatamente as mesmas horas que os demais.

Um pequeno órgão chamado cérebro é capaz de mudar drasticamente todo o comportamento de um indivíduo, distinguindo-o completamente do vizinho.

Uma criança que nasceu e cresceu ouvindo The Beatles com os pais, muito provavelmente será alguém que vai adorar a banda, ou odiá-la por conta de ter ouvido até o esgotamento.

Filhos únicos, por natureza, são mimados, quando quem tem irmãos geralmente se vira melhor.

Claro que o meio influencia muito os gostos e personalidades dos indivíduos, mas se tratando de ser humano, nunca há uma regra.

Uma criança normalmente recebe carinho e atenção dos pais. Então porque existem os assassinos? Qual foi o desvio do meio que levou aquela pessoa a tirar a vida de outra? Nenhum pai aconselharia o filho a cometer tal ato.

Em que ponto o meio foi responsável nisso? Claro que pode ter sido uma atitude espontânea, mas ninguém nasce sabendo o que é matar, em algum momento algo deu o clique que o levou a isso.

A questão é: quais os cliques que atitudes nossas podem provocar nos outros?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Quando não nos encaixamos

Em vários momentos temos a sensação de que não nos encaixamos num determinado ambiente.

Fato é que, quando você está com o amigo de um amigo, e seu amigo está junto, para uma das duas pontas, o papo será no mínimo desconfortável.

Meu caso: não bebo e não fumo. Indo para um lugar com um amigo meu e o amigo dele, o papo era ressaca. Como posso saber a sensação de uma ressaca se nunca passei por uma?
E a conversa rola, quantas vezes já vomitou no metrô, no ônibus, quanto tempo pra se recuperar de um porre... um saco. Mas, como toda a etiqueta do social manda, sempre sai aquele risinho sem graça na hora que os dois soltam gargalhadas. O show tem que continuar.

E a caminhada se alonga, o lugar não chega e a vontade é de descer mais cedo e dizer que tem que ir para outro lugar e atrasar sua ida. E a preguiça fala mais alto. O show tem que continuar...