segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Despudores

Pouco tempo atrás, prometi para mim que qualquer livro que eu começasse, eu terminaria, fosse ele bom ou ruim.

Caiu na minha mão algo que eu não estava esperando. Poesia.

Minhas experiências com verso e rima nunca saíram do ginásio. Poesias com uma sílaba, duas, sonetos, contar as sílabas de Camões, etc.

Começo. Não é tão ruim, ok, próxima. Bom. Razoável. Tudo parece bem.

Quando começo determinada poesia a palavra: masturbação... como assim? Uma poesia com a palavra masturbação?

Até então, poesia era algo que falava de amor, amizade, dor, tristeza, mas masturbação? Eu não absorvi absolutamente nada do livro, apenas essa palavra fazendo verso e prosa ali, naquela página...

Veja bem, nada contra a palavra, o ato, nada mesmo. Só que aquele contexto quebrou uma redoma que eu havia colocado na poesia, que até então era algo de sentimento, não do físico! Enfim...

Grande choque a parte, acredito que pelo menos depois disso, agora pareço ter menos vergonha de escrever para o público, tanto que foi depois desse livro que estou publicando esses textos.

Um comentário:

Felipe Yuji disse...

Seria esse um dos livros pegos vc sabe de onde? Da mesa de vc sabe quem?